Rinocerontes ferozes
Pisotearam meu jardim
Assustados e medrosos
Defenderam-se atacando
Cercas derrubadas
Bancos quebrados
Canteiros desolados
Árvores caídas
Outra vez eles vieram
Não sei de onde
Nem suas razões
O estrago está feito
As delicadas flores
Os saborosos frutos
Os lugares de encontro
Pisoteados
Colocarei muros de pedra?
Cercas elétricas?
Não quero bunker
Só um jardim.
Rinocerontes velozes
Adubaram meu jardim
Revolveram a terra
Fecundos espaços abertos.
Árvores cicatrizadas
Bancos de pedra
Canteiros refeitos
A vida não para!
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